Após o pedido de demissão do ministro do Turismo, Celso Sabino, o governo federal passou a considerar como certa a saída de André Fufuca (PP) do Ministério do Esporte. A decisão de Sabino, que também era pressionado por seu partido, acelerou o processo de reconfiguração ministerial no Palácio do Planalto.
Fufuca tem até o fim de setembro para deixar o cargo, conforme deliberação do PP, que integra a federação com o União Brasil — legenda à qual Sabino é filiado. Embora o ministro ainda desejasse permanecer no posto até abril de 2026, prazo final para desincompatibilização eleitoral, fontes no governo apontam que sua permanência tornou-se insustentável.
Com a saída considerada iminente, o Planalto já avalia nomes para o comando do Esporte. A tendência é que o cargo seja realocado para partidos mais alinhados à base do governo, como o PSB ou o PDT. Outra possibilidade em análise é a indicação de um nome técnico com histórico na área esportiva, a exemplo do que ocorreu no início da gestão com a nomeação de Ana Moser.
A movimentação faz parte de um redesenho mais amplo da Esplanada, em meio à perda de apoio de legendas do centrão, e visa fortalecer a coesão da base aliada rumo aos desafios legislativos de 2025 e ao cenário eleitoral de 2026.