Os brasileiros estão mais satisfeitos com a gestão de governadores do que com a do presidente Jair Bolsonaro. É o que aponta a primeira pesquisa de abrangência nacional do Instituto DATATEMPO, do jornal O Tempo de Belo Horizonte, sobre as administrações estaduais no país.
De acordo com os dados, o trabalho dos governadores é aprovado por 43,9% da população, enquanto o de Bolsonaro tem o apoio de só 31,1% dos eleitores.
A tendência contra o presidente se repete na comparação da rejeição. Os números indicam que 49,4% dos entrevistados desaprovam a administração estadual, índice menor do que os 65,6% referentes à reprovação de Bolsonaro.
Os que não souberam ou não responderam à enquete sobre a administração estadual são 6,7% dos entrevistados.
Ao avaliar de forma individual, a rejeição a Bolsonaro é superada em só seis das 27 unidades da federação. São elas: Amapá (83,3%); Rio Grande do Norte (80%); Rondônia (76,9%); Tocantins (76,9%); Rio de Janeiro (71,3%); Amazonas (67,6%). Além disso, empata com Pernambuco, que possui o mesmo índice crítico de Bolsonaro (65,6%).
Já em 14 estados, há a aprovação da maioria dos eleitores ao trabalho dos governadores. São eles: Acre (83,3%); Bahia (67,7%); Piauí (66,7%); Espírito Santos (64,7%); Pará (64,3%); Alagoas (61,8%); Paraná (60,4%); Minas Gerais (57,6%); Mato Grosso do Sul (54,2%); Goiás (54,1%); Ceará (51,5%); Maranhão (51,2%); Roraima (50%); e Sergipe (50%).
Percepção sobre a administração estadual
Quando o eleitor é questionado sobre como classifica a administração de seu estado, a percepção negativa aumenta. Isso porque 36,4% dos entrevistados -na abrangência nacional- consideram “ruim” ou “muito ruim”. Os que julgam “regular” somam 34%, e os que avaliam como “bom” ou “muito bom” são 25,3%. Não souberam ou não responderam 4,3% dos entrevistados.
O governador Flávio Dino tem 24,4% de “bom” ou “muito bom” e 40,2% de regular.
As piores análises estão em Rondônia (69,2%), Tocantins (69,2%), Amapá (63,6%), Sergipe (58,4%) e Rio Grande do Norte (57,1%).
A pesquisa DATATEMPO foi realizada por meio de 2.025 entrevistas domiciliares, entre os dias 9 e 15 de setembro, em todas as regiões do país. A margem de erro do levantamento é de 2,18 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é 95%. Arredondamentos estatísticos podem fazer com que os resultados superem ou não alcancem 100% por uma casa decimal. Blog do John Cutrim